A Leonor Madeira tem as suas raízes familiares na cidade de Coimbra mas onde, na verdade, apenas foi nascer. Lisboa é a cidade onde cresceu e adora viver.
Irrequieta por natureza e inconformada por educação, revelou muito cedo a capacidade de arregaçar as mangas e fazer acontecer. De forma quase obsessiva, mergulha profundamente em tudo aquilo por que se apaixona, sendo o projeto IronBox que hoje conhecemos um bom exemplo disso.
Encontrou na Licenciatura em Antropologia (ISCSP – UL, 1994-98) a Ciência que reúne a grande diversidade de áreas de interesse. Especializou-se em primatologia, disciplina na qual integrou diferentes projetos de investigação durante o curso e pós-graduação. O rigor e a imparcialidade do método científico marcaram-na para o resto da vida e talvez expliquem o seu perfeccionismo e a prioridade que sistematicamente dá à qualidade daquilo que faz.
De sempre fascinada pelas ciências do comportamento, em 2010 regressa à faculdade para ingressar no Mestrado em Psicologia do Desporto (FMH – UL). Uma experiência que a levou a explorar os terrenos da perícia, tomada de decisão e mental toughness.
Temos na nossa HeadCoach uma personalidade muito física, uma energia inesgotável e uma alegria contagiante. O desporto, a prática de atividade física e o movimento são uma constante na sua vida. De forma mais intensa e sistemática dedicou-se à dança contemporânea e praticou várias modalidades ao longo da vida: natação, natação sincronizada, vela, kickboxing e halterofilismo. Atualmente, é no JiuJitsu que desfruta da liberdade do ser aluna e do prazer em aprender; é no movement que explora os seus recursos e capacidades mais internas e no CrossFit que se diverte e garante a condição física para a vida.
Reconhece, tanto no percurso académico como na prática desportiva, influências que a ajudaram a desenvolver uma perspetiva e uma abordagem ecológica muito particular do corpo, do movimento e do treino. “Gosto de coisas difíceis e complexas e de pessoas complicadas. Tornam-se as mais interessantes de todas porque o meu papel nas suas vidas geralmente começa exatamente por aí: descomplicar tudo!”.
É instrutora de fitness, personal trainer e preparadora física há muitos anos. “Só quem já acompanhou tanta gente a “renascer das cinzas” e a “pôr a vida em ordem” porque um dia decidiu começar a treinar connosco, é que consegue perceber o fascínio desta profissão. Temos horários parvos, trabalhamos um número de horas ridículo… mas é altamente compensador!”
Sem papas na língua e com a frontalidade que lhe é reconhecida: “detesto desculpas e tenho cada vez menos paciência para quem não quer. A vantagem do CrossFit é que só cá está quem de facto quer! E são esses que merecem a nossa atenção, o nosso tempo e a nossa dedicação. Quando não se quer, estamos todos a perder tempo.”, remata.
Encontrou no CrossFit (CrossFit Trainer Level 1, Coach Prep (anterior CF Trainer Level 2), CrossFit Trainer Level 2, CF Gymnastics, CF Kids, CF Competitors, CF Weightlifting) uma abordagem orgânica, sistémica, funcional, sólida, tecnicamente exigente e libertadora. Sem preconceitos, sem barreiras nem constrangimentos teóricos, conceptuais ou técnicos. Características que, “na minha opinião, facilitam a promoção de saúde e a otimização da performance, tornando todo o processo bem mais criativo. Mas claro que, por outro lado, também exigem elevados padrões de qualidade e profissionais devidamente qualificados e responsáveis.”.
Vê no conceito de “Box” uma das alternativas mais interessantes para promover vidas de qualidade. A equipa técnica de profissionais que vai reunindo e de que tanto se orgulha é sempre uma das suas prioridades. Procura sempre estimular os colegas para que cresçam e aprendam juntos e os seus alunos e praticantes para que sejam uma inspiração e cultivem junto de toda a comunidade da Box padrões de comportamento mais saudáveis. Que todos na IronBox sejam modelos de saúde e de integridade para as respetivas famílias, amigos, colegas, vizinhos, comunidade e país.
“Toda a vida senti uma responsabilidade enorme em mudar o que achava não estar bem. E quando entro nesse filme entro num frenesim incontrolável até ser capaz de conceber soluções. O que está mal incomoda-me ao ponto de não conseguir deixar de pensar no assunto. Por isso, a minha estratégia é sempre “vamos lá resolver isto antes que me dê uma coisinha má!””, confessa-nos divertida.
A IronBox permite-lhe ser esta “transloucada” que acaba por atrair para junto de si outros tão motivados e tão dedicados quanto ela própria. E o resultado é a comunidade incrível que temos!
“Gratidão é aquilo que sinto diariamente. Pela família que tenho, pelos meus amigos, pelos colegas/amigos com quem trabalho, pelos alunos/amigos que me rodeiam. Há quem lhe chame um sentimento de realização. Eu acho que é uma vida que faz sentido.” E sorri.
O João Cancela passou a infância na Aldeia dos Moinhos, perto da Lousã, distrito de Coimbra, onde subir e descer montanhas e andar de bicicleta fazia parte do quotidiano. O futebol foi culpa dos horários da camioneta que apanhava para chegar à escola numa aldeia vizinha. Chegava bastante mais cedo do que o início das aulas e por isso todos os dias havia espaço e tempo para jogar à bola com os colegas.
Na adolescência, iniciou-se na Natação em Miranda do Corvo e mais tarde, já a estudar em Coimbra, dedicou-se no Pólo Aquático no Clube Náutico Académico de Coimbra, modalidade onde teve um percurso Desportivo desde atleta até treinador.
Durante a Faculdade fez várias épocas como Nadador Salvador nas praias do Cabedelo - Figueira da Foz - onde se apaixonou pela prática de surf. Modalidade à qual também se veio a dedicar como preparador físico.
Durante o seu percurso académico achou que o gosto pela matemática o iria levar à Engenharia Civil, mas uma relação menos simpática com a física desviou-o para as economias: “Felizmente os exames de acesso à Universidade correram mal e não entrei nesse ano!” - confessa-nos divertido e aliviado.
Durante o ano em que melhorava notas e se preparava para voltar a concorrer à Unversidade, o entusiasmo pelo Pólo Aquático cresceu e a Licenciatura em Desporto e Educação Física na Universidade de Coimbra transformou-se na escolha evidente.No último ano da faculdade foi para Praga através do programa ERASMOS. O contacto com outras culturas, outras realidades e experiências tão diferentes abriram-lhe um mundo de relações internacionais ao qual quiz regressar assim que voltou para Coimbra: “a maior parte das conversas entre colegas e amigos continuavam à volta do futebol e eu queria falar também de outras coisas, de experiências novas…” diz-nos.
Escrutinou os Serviços Académicos da Universidade de Coimbra e descobriu uma candidatura à Federação Catalã de Natação (FCN) onde conseguiu um estágio em Pólo Aquático, mas “não gostei nada deste primeiro ano lá… todos os dias saía da cidade para o Centro de Estágio que ficava a quase uma hora de caminho. Custava-me mesmo estar tão longe do mar!”
A estadia em Barcelona acabou por durar oito anos. Seis dos quais como treinador e preparador físico da equipa Sénior de Pólo Aquático. Trabalhou ainda com outros escalões dentro da mesma modalidade e como Personal Trainer.
Em 2018-19 fez o Mestrado de Alto Rendimento no Instituto Nacional de Educação Física da Catalunha. Enquanto as saudades das ondas do Atlântico começavam a tornar-se sérias…
“Em Barcelona sempre me fez muita confusão o Sol não se pôr no mar”. E partilhou connosco um ritual muito especial para si: nos tempos de nadador salvador, os dias terminavam dentro de água, a surfar. Assim que o sol se “aproximava” do mar, paravam todos. O Sol desaparecia, explodia uma salva de palmas e “voltávamos a surfar até cair a noite. Não ía conseguir ficar onde o Sol não se põe no mar.” Justificando o regresso com um sorriso bem resolvido.
É por volta de 2017, ainda em Barcelona, que tem contacto com as primeiras práticas de movement. Através de um parceiro de treino, conhece o trabalho do Ido Portal e rapidamente encontra diversos praticantes e professores destas novas abordagens.
“Mudei muito a forma como treino e até os objetivos com que treino”. Os conceitos que foi aprendendo e conhecendo revelaram-lhe um mundo de referências com quem vai aprendendo, como Charlie Roth, Joseph Partz, Fighting Monkey, Tom Weksler, entre outros.
É em Outubro de 2020 - entre Quarentenas - que vem morar para a Parede, em Oeiras - bem perto de nós - e cria o seu projeto move2surf, dedicado à preparação física de praticantes da modalidade e onde aplica metodologias que integram a sua formação académica e as suas influências na área do movement.
Em pleno LockDown, a necessidade de re-estruturar esta prática na IronBox deu espaço para novos contactos. Depois de uma conversa sobre movement com a nossa HeadCoach Leonor Madeira, não demorou muito para que confirmassem a vontade de trabalhar juntos e concordassem que no estúdio de movement da IronBox, a prática, o ensino e a educação são um projeto em crescimento e um contributo para o desenvolvimento da próprio movement no nosso país.
“Não foi difícil dizer que sim e senti-me logo especialmente motivado porque tenho a certeza de que vou aprender num espaço onde esta prática já tem alguns anos mas também para onde posso trazer a minha própria experiência e ajudar a fazer crescer o movement na IronBox.” E em Portugal, acrescentamos nós!
Obrigada João pela forma como já fazes parte da IronBox!
O Lucas tem nacionalidade e ascendência portuguesa. Mas nasceu, cresceu e estudou em Brasília, no coração da capital Brasileira.
Foi sempre uma criança ativa e entre a infância e a adolescência passou por todos os desportos de que nos possamos lembrar e mais algum: futebol, ginástica olímpica, basquetebol, judo, jiu-jitsu, capoeira, natação, atletismo, esgrima… o que facilmente explica, mais tarde na sua vida, a atração pelo CrossFit!
A entrada na Universidade “foi o período mais sedentário da minha vida”, confessa-nos. Envolvido em inúmeras atividades académicas, o tempo para treinos diminuiu consideravelmente. Apesar de inscrito num ginásio, passou algum tempo no registo da musculação, mas rapidamente passou para o Box e acabou no MMA.
Nesta fase de praticante menos entusiasmada, assistiu à montagem, no mesmo ginásio, daquilo que viria a ser uma Box de CrossFit: “Gostei e identifiquei-me com os treinadores (…) o ginásio era um ambiente tóxico (…) eu ia vendo os coaches a montar a Box e eu e o meu irmão matriculamo-nos ainda antes da Box abrir”. Experimentou a modalidade na aula inaugural e “sofri muito!” - relembra divertido, e constata: “a primeira aula de CrossFit é a pior da nossa vida porque é voltar a descobrir as nossas amplitudes e o que o teu corpo pode, ou não, fazer”.
Terminada a Licenciatura em Ciências Sociais (Sociologia e Antropologia) na Universidade de Brasília (UnB), seguiu para o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, altura em que voltou a conseguir dedicar mais tempo ao treino. Mas foi em 2017, com o início de aulas da especialidade em Halterofilismo que o investigador que há em si o fez mergulhar e estudar estas áreas também: “passava duas a duas horas e meia na Box conciliando os treinos de WL e de CF (…) e comecei a interessar-me pelos temas do treinamento”.
O crescimento na prática da modalidade acompanhava o crescimento académico como professor de aulas no pré-vestibular, orientador de ensino, Monitor e Assistente na faculdade.
Em 2018 inicia o Doutoramento em Sociologia, desta vez na Universidade de Coimbra. E é assim que se muda com a esposa para Portugal. Inicialmente orientado nos seus treinos por uma coach da sua Box em Brasília, procura um espaço onde manter esta prática.
Em 2019, por razões familiares, muda-se para Lisboa e aproveita as viagens regulares a Coimbra para continuar a estudar sobre treino: “desafiei a minha coach e perguntei-lhe se podia montar eu os meus treinos e ela ía-me corrigindo e orientando”.
Cada vez mais interessado pelo estudo do treino, ingressa no curso de Técnico Especialista de Exercício Físico que permite a candidatura à Cédula Profissional na área do Fitness em Portugal, realiza um curso específico de programação e periodização para CrossFit, ingressa no curso de Treinador Nivel 1 de Halterofilismo e em 2022 faz o curso Level 1 da CrossFit.
À questão do porque é que quis ser treinador de CrossFit, respondeu prontamente: “em primeiro lugar porque gosto de ensinar… é uma mistura de coisas… é também uma forma de aprender. É um pouco egoísta, portanto!” Conclui com uma gargalhada! “Gosto muito de ver alguém entrar cru e depois ver a evolução”.
A IronBox surgiu por sugestão de um amigo: “eu conhecia pouquíssimas boxes em Lisboa… aí eu fui ler…” Confessou-nos que a primeira coisa que lhe chamou a atenção foi o facto da nossa HeadCoach também ser Licenciada em Antropologia, o que o levou a suspeitar que “ela deve ter uma abordagem e uma leitura diferente…” do movimento, do treino, da mudança comportamental e das políticas de promoção de estilos de vida mais saudáveis.
“Gostei muito do modelo do Induction porque foi importante para mim quando comecei a fazer CrossFit e por isso sei bem a mais valia que é” para quem procura a modalidade pela primeira vez.
Diz que ficou ainda mais interessado com a entrevista para o lugar de Coach na IronBox “achei interessante as perguntas da entrevista. Não eram perguntas quadradas.” - explica. E hoje, fazendo já parte da casa, partilha com a nossa Coach Leonor Madeira que “aqui fui para um lugar feliz. O teu método é um bom método. E eu, se não acredito, é difícil incorporar. O ambiente e os alunos aqui são especiais.”
Da nossa parte, fazemos das palavras do Lucas as nossas. E também nós sentimos que a entrada do Lucas na nossa equipa técnica fez da nossa Box um lugar mais feliz.
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